Você me pede um texto e tudo que eu consigo escrever é um punhado de palavras que pesco de um grande balão imaginário, no escuro, deitado ao seu lado, mirando o teto invisível e de braços cruzados. Serão palavras sem muito sentido, sem muita ordem, tentando formar frases quaisquer. Você me pede um texto e eu tento fazer algum sentido. Tento dizer algo que não sei bem, explicar o que é que me mantém acordado e o que me faz feliz. A dor não sai em palavras e a alegria não se mede em número de caracteres. Felicidade não existe, é formada de inúmeros pequenos momentos, quando há. Escrever não diminui o que sinto e não me ajuda a entender. Você me pede um texto. Eu me levanto do conforto e do calor que é deitar ao seu lado só para escrever. E escrevo, escrevo, mas não consigo dizer nada. Continuo te devendo um texto.
Você me pede um texto

Adoro cada toque seu. Ainda que ele não faça sentido, ainda que ele não forme um texto que descreva a felicidade ou ainda que sejam simplesmente seus dedos se entrelaçando com os meus…